Lição do neurônio

Neurônios. [1]
   Na disciplina de Inteligência Computacional Avançada, nós analisamos diversas técnicas para se criar programas capazes de "pensar" sozinhos, ou melhor, simular a capacidade de aprender. Um destes métodos são as Redes Neurais Artificiais, que procura "simular" o funcionamento das redes neurais verdadeiras, biológicas, que estão presentes em nosso cérebro.
    Nosso cérebro é formado por bilhões de neurônios. Mas eles não estão isolados. Pelo contrário, existem centenas de bilhões de conexões entre eles, formando uma enorme rede de comunicação. Cada neurônio possui um corpo central, diversos dendritos  e um axônio. Os dendritos recebem sinais elétricos de outros neurônios através das sinapses, que constitui o processo de comunicação entre neurônios. O corpo celular processa a informação e envia para outro neurônio ou um músculo através do axônio.

Partes de um neurônio. [2]
   A comunicação entre neurônios se dá através das sinapses. Os dendritos se comunicam com outros neurônios, recebem impulsos nervosos e os enviam para o corpo celular. Este sinal é processado e um impulso é enviado através do axônio para outras células. O neurônio define pesos, ou valores, diferentes para as conexões. Por exemplo, se o neurônio A se comunica bastante com neurônio B, essa conexão valeria 10. Enquanto que, se o neurônio A mal recebe sinais de C, essa conexão receberia valor 1. 
  Quando estudamos muito alguns assuntos ou treinamos bastante determinadas habilidades, as conexões neurais associadas a elas são fortalecidas.  Elas recebem maior importância, maior peso. Assim, pelo que observamos, certamente vale a pena estudar, aprender, pois quanto mais fazemos algo, mais conexões sinápticas são criadas em nosso cérebro, tornando mais rápido e eficiente o nosso raciocínio.
   Mas um ponto interessante que achei acerca desse assunto é que somos muito diferentes de nossos neurônios. Ao contrário deles, costumamos dar maior VALOR, OU PESO, a pessoas que NÃO nos dão valor. É comum nós corrermos atrás de pessoas que não nos amam de verdade, que não se preocupam genuinamente conosco ou que não querem ser nossos amigos. Acabamos muitas vezes enfraquecendo nossas conexões com aqueles que realmente nos querem bem.
  Quem já assistiu o seriado norte-americano "Todo mundo odeia o Chris", deve se lembrar de um episódio em que ele não entendia o porquê das garotas preferirem os "playboys" que tratavam elas mal ao invés daqueles que cuidavam bem delas. O patrão dele, o DOC, explicou que o motivo é que elas queriam se sentir especiais. Acreditavam que elas seriam as únicas por quem ele trataria bem.

Fonte: [4].
    De fato, essa situação não ocorre só nos relacionamentos românticos, mas nas amizades também. É tendencia nossa correr atrás daqueles ou daquelas que são "difíceis", complicados, que não nos dão atenção, achando que que conseguiremos "quebrar o gelo", que conseguiremos ser especiais. Não nos sentimos felizes com eles, não nos sentimos melhores, mas mesmo assim continuamos correndo atrás deles, ligando para eles, curtindo todas as suas fotos, fazendo de tudo para agradá-los. Geralmente, sem nenhum retorno. É triste dizer, mas, muitas vezes a nossa felicidade não está distante, não está naquela "amizade" impossível, mas sim do NOSSO LADO.



Alexandre Valério Ferreira


REFERÊNCIAS


[1]  https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLBSXVpPcRF3_QsuVGJNU3RimqZfeiVVMi20oeMlZHqe0QJJdpt6iqkpD7IcU_qHoia0eHaDRXzwNFDhaqlEPsbRj4NIi8mPfdZdRKHZcBB8wHfXFxMx7bU3S5lYJwXyFyi199jfzl-e4/s1600/neuronio2.jpg

[2]https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIy4vWhodGl9mC58c4z4qYNPalG4i3V4fc0pRofUMUDJSq3X9Cy4eWMnAV1frjVet56-lkaHsdlVYrgcUtgqkMJWwKO4JQn8XuSHEV-uQAP5ButviSFesVD4VBJHoTiYYg2-7VEYpXou0p/s1600/neur%25C3%25B4nio+amiel%25C3%25ADnico.JPG

[3]   http://www.icmc.usp.br/~andre/research/neural/index.htm

[4]   http://27.media.tumblr.com/tumblr_lml3ctRlgl1qfqvv9o1_500.jpg


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