E a Lua?

Lua vista pela missão Apolo 12. 
Fonte: http://www.slate.com/content/dam/slate/articles/health_and_science/science/2013/12/apollo_15



De Alexandre Valério Ferreira



  A Lua é uma coisa interessante. Redonda, cheia de crateras, em tons de cinza, pequena, inóspita. Ainda assim, foi e é o alvo de muitas teorias conspiratórias, poesias, dramas, discussões e projetos científicos.
  Desde antigamente, pessoas curiosas tentavam imaginar como poderiam ir para lá e como seria a vida lá. Talvez lembremos de alguns livros, como "Viagem a Lua", de Julio Verne. Ou nos venha a mente a icônica imagem do foguete atingindo a "cara" da Lua no clássico filme "Le Voyage dans la Lune" (A viagem à lua), de Georges Méliès.
  O que ela tem de especial? Talvez por sua presença solitária no céu. Quem sabe seja o fato dela, apesar de menor do que a Terra, ser capaz de bloquear, mesmo que por poucos instantes, o sol durante um eclipse?
  Quem saiba seja o fato de ela ser testemunha dos acontecimentos da noite. É no período noturno que os segredos decidem desabrochar. Na calada da madrugada, os fugitivos vão as ruas. Os medos rondam a escuridão. As lutas inconscientes tomam formas durante os pesadelos. 
  Na escuridão das horas, os bares se abrem. As festas ocorrem. Os bailes tomam forma. As luzes da cidade cegam os vivos. O casamentos acontecem. Nesses momentos, as sirenes da polícia quebram o silêncio. Nas trevas das esquinas, o medo deixa de ter medo de se expor. 
  A lua também tem suas fases. Às vezes, está preguiçosa, tímida. Em outros momentos, sorri para os que a observam. Existem dias em que ela aparece com toda sua beleza, cheia de resplendor e vida. Ela é como a gente: é de fase. Tem dias bons e dias não tão bons. E vivemos, como ela, nesse vai e vem de alegria e tristeza, de erros e acertos. A vida é dessas coisas. A nós resta aprender a lidar com tudo isso.



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