A dor alheia

Mariana. Foto: https://jbr-arquivos-online.s3.amazonaws.com/site/imagens/capas/20151113132332.jpg

De Alexandre Valério Ferreira


   Faço o login no Facebook e o que vejo? Notícias. Que tipo de novidades? Preocupantes. O que aconteceu? Muitas coisas. O que não aconteceu? Tudo aquilo que devia ter acontecido: prevenção, responsabilidade, segurança, humanidade.
   A dor não é minha. Ela é alheia à minha realidade. Está distante. Foge ao meu circulo social. Nem por esses motivos, deixa de ser doloroso. Sim, a dor alheia é compartilhada. A empatia nos força a isso. A compaixão nos obriga a agir.
   Mas, não suficiente com tamanha desgraça, outras acontecem. O mundo espanta as pessoas com problemas velhos que geram novas notícias. Sim, todo desastre é uma coisa velha, um problema antigo, somados dia a dia até que em algum momento ele transborda, levando a todos no seu caminho.
    Seja por tiros, lama ou cassetetes, os males não acontecem do dia para a noite. Não são repentinos. Podem ser renegados, camuflados, escondidos, mas não são uma surpresa. É uma triste lição que temos dificuldades de aprender. Alguns nunca a enxergam.
   Todos os dias temos parcelas de responsabilidade. Nossos atos, querendo ou não, podem interferir na vida de outras pessoas. Algumas vezes, nas menos culpadas. Parece injusto e o é. Portanto, o que fazer? Faça a sua parte. Omissão também é algo ruim. Não vá na onda da desonestidade, da preguiça, da incompetência e da inveja. Construa, não destrua. Faça, não espere ser feito. O amanha é feito hoje.

 

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