Arrumando o Quarto

Foto: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinpzUzSUoaV60GU4QvkfZgIy-W8GA2VdTifhGb_LQCd1GGD6XVdpmrQUvskOKD8ZDCkJ_L6Fbw3AjTkfIReoN7eSW-o9xUkf4UmLDf2k2YfsSewmf59nuIiM8gTizhqSNraRWCMgdwq-tg/s1600/desenho-de-quarto-06.jpg

De Alexandre Valério Ferreira



Livros, revistas, xerox, folhetos, artigos, papeis, desenhos, rascunhos, panfletos, manuais, camisas, meias, sapatos, fotografias, provas velhas, conta de luz, carregadores de celular, pastas, enfim, tudo. Tudo estava ali:
perdido...
                  jogado
                                      desorganizado             perdidos
        desconectados                   ali
acolá                 aqui         não sei onde
         era tudo assim          mas
eu entendia a desordem      qual o
      problema 
                     algo contra bagunça?
deixa
             ela                  tá ali quieta                pra que mudar?

     mas
tudo muda
              não é verdade?         talvez
precisava conectar
                 sentidos e coisas
                        objeto e lugar
              tudo no seu devido lugar
           e onde era seu devido lugar?!

Eu sei lá!!!

Ali?
                             Na gaveta?
                             No guarda-roupas?
                   No chão?
Quantas perguntas
              Cadê as respostas?

  Mas era necessário arrumar. Eu passei dos limites. Tudo tem limite, não é? E, por razões diversas, esperamos a agir apenas quanto esse tal fator aparece no horizonte. Estranho, não acha? Preguiça? Provavelmente, sim.
  Sem mais demora, arrumei tudo. Coloquei as coisas nos seus devidos lugares. Acessíveis, organizados, ordenados. Estava tudo limpo. Varri o quarto. Limpei o banheiro. 
  Que luta! Enfim, acabei. Encontrei tanta coisa perdida. Se bem que nunca achamos o que não está perdido, ou achamos? As vezes, nem imaginávamos que tínhamos perdido, quando algo é encontrado. Vida louca. 


 

Comentários

Veja também